Na visão do socialista, peça orçamentária, como está hoje, favorece ao governo
O atual governador do Estado, Renato Casagrande (PSB), reeleito no último domingo (30) para o seu segundo mandato consecutivo, garantiu que a peça orçamentária enviada para apreciação da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), e que traz um valor de R$ 22,5 bilhões tanto para a receita quanto para despesa (incluindo os orçamentos fiscal e de seguridade social), não será modificada.
A afirmação foi feita nessa segunda-feira (31), após Casagrande ser questionado pela reportagem do Folha Vitória se, assim como pretendia o seu oponente na disputa pelo comando do Palácio Anchieta, o ex-deputado Carlos Manato (PL), ele também mexeria na versão do Orçamento encaminhada ao Legislativo em setembro.
Manato, durante a campanha eleitoral, chegou a procurar o presidente da Casa, deputado Erick Musso (Republicanos), para solicitar que a análise e votação do Orçamento só acontecesse após o segundo turno das eleições, isso porque o ex-candidato ao governo queria fazer ajustes na peça orçamentária, aumentando os investimentos em diversas áreas, entre elas a da Saúde.
Projeto
O Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa) com essa estimativa foi enviado para Assembleia Legislativa (Ales) no dia 30 de setembro.
No Ploa, estão estimadas as receitas e as despesas públicas do Executivo estadual para o ano que vem. Após ser elaborada pelo governo, a proposta é encaminhada à Ales para análise e aprovação dos deputados.
Sem cortes
Conforme noticiado pela coluna de Olho no Poder, do jornal Folha Vitória, também em setembro, o governador não fez cortes na receita para o ano que vem – conforme havia previsto. O valor do Orçamento para 2023 é 11,1% maior que o Orçamento deste ano.
O valor de investimentos do governo previsto na peça, somando todas as fontes, é de R$ 2,717 bilhões, que representa cerca de 13,48% do Orçamento total do Poder Executivo.
A pasta com maior orçamento é a Secretaria Estadual da Saúde, que contará com R$ 3,397 bilhões, que representa 15,1% do orçamento global. Em segundo lugar vem a Secretaria da Educação, com orçamento de R$ 2,897 bilhões (12,97% do total), e em terceiro lugar está a pasta da Segurança Pública, com R$ 1,987 bilhão (8,83% do bolo).
A Secretaria de Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social (Setades) vai contar com R$ 168,3 milhões. A pasta é responsável por ações de combate à fome no Estado – tema bastante explorado durante a campanha eleitoral. Segundo o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) há 1,079 milhão de pessoas abaixo da linha da pobreza no Estado.
*Retirado do Folha Vitória