Folha da Bahia

Vaca louca: o que é e quais os sintomas da doença que foi confirmada no Brasil?

Segundo especialista, a doença pode comprometer a capacidade cerebral e causar estado vegetativo em seres humanos

Ministério da Agricultura confirmou nesta quarta-feira (22), um caso da doença ‘mal da vaca louca‘ no município de Marabá, no Pará. A pasta informou que o caso foi detectado em um animal macho de 9 anos. A idade é considerada avançada para bovinos.

A área onde o boi foi encontrado morto foi interditada em caráter preventivo pelo governo do Estado. A carcaça foi incinerada. Além disso, amostras do animal foram encaminhadas para um laboratório. É por meio de análises que poderá se confirmar se o caso é típico ou atípico, ou seja, se têm risco ou não de transmissão para outros bovinos e para humanos.

Por causa dessa confirmação, as exportações de carne bovina do Brasil para a China estão suspensas temporariamente a partir de quinta-feira (23), seguindo um protocolo sanitário oficial.

O que é a doença da vaca louca?

Segundo o Pós PhD em neurociências e Biólogo, Fabiano de Abreu Agrela a doença leva a uma encefalopatia espongiforme, conhecida como doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ), uma variante da EBB e é fatal em seres humanos.

“Em humanos, a DCJ causa uma série de problemas, como alterações de personalidade, cegueira, perda de memória, equilíbrio e coordenação, movimentos anormais e perda progressiva da mobilidade e função cerebral”, explica.

A Encefalopatia Espongiforme Bovina atinge o gado através de um agente conhecido como prião, uma célula modificada de proteína que infecta os bovinos causando alterações de comportamento e falta de coordenação motora.

Variante pode ser ainda mais perigosa

Existem variantes da doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) que alteram seu funcionamento no corpo humano. A chamada DCJv, de acordo com Fabiano, pode ser mais perigosa.

Saiba como prevenir a vaca louca

Não existe tratamento eficaz para a doença. A prevenção, portanto, é a melhor forma de evitar o problema.

– Não usar proteínas de origem animal na ração de animais ruminantes;

– Manter a vigilância sanitária nas fronteiras, propriedades rurais e matadouros, segundo o Ministério da Agricultura

Fonte: Folha Vitória

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