Apesar de nem sempre serem registrados nas proximidades das praias capixabas, bióloga explica que esses animais fazem parte do nosso litoral
De tempos em tempos, tartarugas e baleias marcam presença em águas capixabas. Apesar da fama, não são apenas elas que gostam de dar um “oi” pela região, os golfinhos também resolveram aparecer, o que encantou alguns banhistas e canoístas que estavam pela Praia da Costa, em Vila Velha.
Na semana passada, o advogado e instrutor de canoa, Diego Schuttz, registrou um momento muito simpático entre golfinhos na Praia da Costa, em Vila Velha. Mesmo estando no ambiente deles, a cena foi tão inusitada que a atenção nas remadas precisou ser voltada para um movimento diferente no mar.
Apesar de nem sempre serem registrados nas proximidades das praias capixabas, a bióloga e educadora ambiental, Jeane Santos de Jesus, explica que esses animais são presenças frequentes e fazem parte do nosso litoral.
“Esses aparecimentos não são raros. Os botos cinzas são residentes da região. Eles ficam na área costeira e não passam de regiões com mais de 30 metros de profundidade. Tanto o boto cinza, quanto as toninhas, que são outros tipos de golfinhos, ficam nessas zonas”, explicou
No vídeo acima, os golfinhos aparecem em uma distância considerável de instrutor e até mesmo da praia. Característica que, segundo a bióloga, é positiva tanto para os animais, quanto para os humanos que os observam.
“Todos os animais que são selvagens, silvestres e que não são domesticados como cães e gatos e que não tem contato com o ser humano, a gente precisa sempre ter o respeito, evitar tocar, querer pegar no colo, porque esses animais também tem bactérias e fungos que podem passar para os seres humanos e nós também temos bactérias, fungos e vírus que podem passar para esses animais.”
Golfinhos podem atacar seres humanos?
“Esses animais são super inteligentes, mas não tem a percepção igual ao ser humano, que entende um ato de ajuda. Se esses animais se sentirem ameaçados, eles podem atacar, mas também podem se afastar, então, o ideal é não chegar próximo”, alertou a bióloga.
Caso haja a necessidade de tocar, a bióloga defende que o ato seja feito por profissionais que entendam do assunto.
“Não é para tocar nos animais, vamos evitar ao máximo. Se for para tocar, deixa um biólogo, um médico veterinário por alguma emergência ou algo nesse sentido.”
Outro aparecimento de golfinho encantou os apaixonados pela vida marinha. No ano passado, durante um passeio em alto mar, golfinhos da espécie Nariz de Garrafa foram vistos e o momento foi registrado pela bióloga Jeane.
Veja o vídeo abaixo: