Planejar os lanches da semana, evitar atrasos e separar um cantinho de estudos podem ser ações simples e fundamentais para que o período seja menos estressante
Assim como a volta às aulas, o primeiro dia de aula em uma nova escola e a adaptação à nova rotina também podem ser um momento desafiador para as crianças.
Os hábitos durante as férias são muito diferentes. Por isso, é necessário retomar o ritmo acelerado, com agendas lotadas e horários para cumprir.
Embora seja o momento dos pequenos, para os pais também é uma época cansativa, com preocupações que vão desde a lancheira até o uniforme.
2. Faça listas de tarefas e calendário de atividades. Coloque nelas tudo o que precisa ser feito, incluindo tarefas simples, como separar o material escolar e as atividades ao longo do dia. Já para as atividades da criança, os pais podem criar um calendário de papel ou cartolina e fixar no quarto ou num cantinho de casa.
3. Organize tudo com antecedência para evitar correria. Não deixe para arrumar a mochila e o uniforme no dia, pois isso pode fazer você perder a hora.
4. Evite atrasos. Se você mora longe da escola, procure sair minutos mais cedo de casa para que seu filho não chegue atrasado.
6. Prepare o café da manhã com antecedência.
7. Aposte em uma agenda de papel para as crianças mais velhas. Peça para que elas anotem diariamente as tarefas importantes, compromissos e datas especiais.
8. Tenha um cantinho de estudos. É interessante destinar um espaço especialmente para essa finalidade. Para manter a organização da mesa, deixe apenas os itens de uso diário, como porta lápis, agenda, caderno e livros utilizados no dia.
9. Aposte em produtos organizadores e criativos para o material escolar.
Entenda como fazer a adaptação escolar das crianças
Com as férias chegando ao fim, já passou do momento de colocar as crianças em sua rotina habitual para se adaptarem aos horários mais rápido e natural.
Dessa forma, para ajudar os pais nesse momento, a médica pediatra do Hospital Otorrinos Curitiba, Luciane Valdez, ressalta a importância da rotina no dia a dia das crianças, principalmente com o retorno das aulas.
“A rotina é imprescindível para o desenvolvimento das crianças. Elas aprendem a lidar com os limites, a conviver com a realidade familiar, escola e comunidade. Vale ressaltar, ainda, que a rotina propicia conforto, com diminuição da ansiedade e reconhecimento do seu espaço, horários e responsabilidades”, disse a médica.
Segundo orientações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), estabelecer horários e cronogramas para crianças e adolescentes ajuda a evitar situações que possam ocasionar prejuízos como irritabilidade, dificuldade para dormir, ansiedade, obesidade, danos ao rendimento escolar, piora da imunidade, entre outros.
Horários para dormir
Durantes as férias, é muito comum não cuidar do sono. Muitas crianças gostam de ficar até mais tarde vendo televisão ou jogando no celular. Porém, com a volta às aulas, é necessário que o despertador seja mais rigoroso.
“Ter uma boa noite de sono é fundamental para o desenvolvimento intelectual e cognitivo da criança, além da liberação do hormônio do crescimento”, completou a especialista.
Luciane afirma que dormir bem também auxilia na prevenção de doenças, ajuda a melhorar o aprendizado e é essencial para que a criança se desenvolva bem, tanto física quanto emocionalmente.
De olho na alimentação
Contudo, segundo a especialista, esses tipos de alimentos precisam ser exceção, e não regra. Ela afirma que é importante que o prato seja variado (todos os grupos de alimentos), equilibrado e suficiente (quantidades que atendam e respeitem as necessidades da criança).
“Lembrando que quanto mais colorido, mais saudável e atrativo para os sentidos. E claro, que o incentivo à boa alimentação venha dos pais, pois o exemplo é o melhor ensinamento”, disse Luciane.
Cuidado com o peso das mochilas escolares
O momento do retorno às aulas é um período em que as crianças ficam ansiosas para mostrar e usar os novos materiais escolares. Por isso, utilizam mochilas para carregar os livros, cadernos, lápis, estojos e até brinquedos para a escola.
Uma dúvida frequente dos pais para ajudar nessa adaptação da rotina escolar é sobre qual mochila é a ideal para as crianças e qual o peso que eles podem carregar sem causar prejuízos para a coluna.
O ortopedista do Hospital LMC, Allan Garcia, é especialista em coluna e aponta os riscos que correm as crianças ao carregar nas costas mochilas tão pesadas.
Segundo ele, um dos problemas agravados pelo excesso de peso na mochila é a escoliose (quando a coluna apresenta uma curvatura em forma de “S”), a cifose e a lordose são outros problemas que, dependendo do grau de gravidade, podem demandar sessões de fisioterapia ou, em casos extremos, levar até a intervenções cirúrgicas.
De acordo com Garcia, o peso das mochilas não deve ser superior a 10% do peso do indivíduo – isso significa que, se a criança pesa 50 quilos, a mochila não pode ter mais do que cinco.
Se o peso não for bem distribuído, ele pode provocar postura incorreta e, também, problemas na coluna vertebral da criança e repercutir na vida adulta.
“O excesso de peso, além das complicações citadas, pode interferir também no crescimento das crianças e jovens, uma vez que elas tendem a se curvar para suportar o peso da mochila e, com isso, vão acostumando mal a coluna”, ressalta o médico.
Além de respeitar os limites de peso recomendados, o ortopedista reitera a importância das crianças distribuírem o peso das mochilas, utilizando sempre as duas alças aos ombros.
O médico recomenda que os alunos evitem carregar todo o material no dia a dia, deixando os que não serão utilizados na escola ou em casa.
Uma alternativa saudável para as crianças e adolescentes seria utilizar as mochilas com puxadores de mão e rodinhas, para evitar que o sobrepeso das malas cause problemas nas costas, relembrando que os pais devem, nos casos das mochilas com puxadores, observar a altura da mala em relação ao filho.
A criança não deve se curvar para um lado enquanto tenta puxar a mochila. “O sobrepeso no acessório e o uso incorreto podem gerar problemas não só os ombros, mas nos quadris, joelhos e tornozelos das crianças e adolescentes”, afirma.
Fonte: Folha Vitória