Pesquisa mostrou que os adolescentes chegam a atender os telefones, em média, 100 vezes e passam cerca de oito horas, no celular todos os dias
Tecnologia, informação, agilidade. O mundo na palma das mãos. Inúmeras plataformas possibilitam interação instantânea e acesso à milhares de conteúdos. Entre elas, os aplicativos de conversa. Se por um lado tantos avanços colaboram com a transformação e o conhecimento, pelo outro é o tempo dedicado à essas redes que preocupa.
Diante disso, Cientistas da Winston Center, resolveram analisar 169 adolescentes de 12 anos que usavam o Facebook, Instagram e Snapchat e fizeram uma descoberta: tantas interação por meio das redes sociais podem estar ligadas a alterações cerebrais importantes.
Ao capturar a tela dos celulares dos voluntários, os pesquisadores descobriram que os adolescentes passavam até oito horas no celular e atendiam os telefones cerca de 100 vezes diariamente. A conclusão foi de que essa verificação excessiva das mídias sociais interferia no neurodesenvolvimento.
Isso significa que os adolescentes estão ficando, por exemplo, mais solitários e menos conectadas com seus colegas, ou seja, menos sensível às interações sociais tão importantes para o desenvolvimento do ser humano.
O hábito repetitivo e constante de checar as mídias sociais tem provocado uma mudança no modo que o cérebro do adolescente responde ao ambiente.
Como diminuir o tempo nas redes sociais?
O ideal é estimular o contato com o meio ambiente, incentivar à leitura, filmes em família e também à prática de esportes. Além disso, segundo a pediatra Karoliny Veronese, o acesso deve ser, sim, limitado e controlado pelos pais.
“Inclusive a recomendação da SBP é a de que menores de 2 anos de idade não tenham acesso nenhum às telas. A partir dos 2 anos até os 5, no máximo 1 hora. De 6 a 12 anos, entre 1 e 2 horas. Já os adolescentes, o tempo máximo de exposição deve ser de três horas”.
É importante destacar que ainda mais importante que esse tempo de exposição às redes sociais, é a qualidade do conteúdo absorvido pelas crianças e adolescentes que merece a atenção redobrada dos pais.
“A família tem que ter em mente a preocupação com a qualidade desses conteúdos. Existem conteúdos bons e educativos. Para que haja direcionamento, é fundamental que os pais se façam presentes. Nada de ficarem com os telefones nas mãos. Se fazer presente é diferente de estar ao lado do seu filho, finaliza.
*Com informações do R7
Fonte: Folha Vitória