BOMBA em véspera de eleições causam estragos óbvios e ululantes.
A polêmica em torno da licitação das “fardas fantasmas” não apenas escandalizou a comunidade de Camaçari, mas também levantou dúvidas sobre a gestão financeira da prefeitura sob o comando de Elinaldo. Com a homologação ocorrendo em um momento crítico, às vésperas das eleições, muitos acreditam que o valor exorbitante de R$ 72 milhões, destinado a uniformes para um número modesto de 40 mil alunos, poderia ter sido mais bem aplicado em outras áreas prioritárias, como a melhoria da infraestrutura das escolas e a capacitação dos professores. O gasto desproporcional, em uma cidade que luta para superar um dos piores índices de desempenho educacional da região metropolitana, gerou desconfiança na população, que se sente traída por uma gestão que deveria priorizar a educação de seus filhos.
A indignação não para por aí. Especialistas apontam que a licitação, além de ser vista como um desperdício de recursos públicos, pode ter implicações legais para os responsáveis. Com a revolta crescente da comunidade escolar, há uma expectativa de que o Ministério Público investigue o processo, o que pode culminar em consequências jurídicas para Elinaldo e Flávio. A imagem política de ambos, já abalada pelas recentes críticas, está em risco, e a queda de Flávio nas pesquisas eleitorais é reflexo direto da insatisfação popular. O futuro político da dupla agora depende de como conseguirão responder às acusações e justificar um gasto que muitos consideram irresponsável e oportunista.