Dois dos três suspeitos de matar o DJ e ex-ator mirim João Rebello, no distrito turístico de Trancoso, na cidade de Porto Seguro, no extremo sul da Bahia, completam uma semana foragidos nesta terça-feira (5). Um outro suspeito, Wallace Santos Oliveira (conhecido como WL), se apresentou à delegacia da localidade na quinta-feira (31), um dia após a Justiça expedir o mandado de prisão, e segue à disposição da Justiça.
A Polícia Civil segue em busca de Felipe Souza Bruno, mais conhecido como Zingue, e Anderson Nascimento Sena, chamado de Danda. A polícia afirma que ambos possuem mandados de prisão em aberto por homicídio e tráfico de drogas.
João morava no distrito e trabalhava como DJ e artista visual. As investigações apontam que o artista foi morto, no dia 24 de outubro, por engano — confundido com outro homem parecido com ele e que usava o mesmo tipo de carro. A Polícia Civil descartou qualquer possibilidade de que o artista estivesse ligado a atividades criminosas.
O g1 consultou o Banco Nacional de Medidas Penais e Prisões (BNMP), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e resultado mostra que Anderson Nascimento Sena era alvo de ao menos dois mandados de prisão antes da Justiça acrescentar ordens de prisão pela morte de João Rebello:
o primeiro por roubo à mão armada, expedido em 18 de abril de 2023 pela 1ª Vara Criminal, Júri e Execuções Penais de Eunápolis, outra cidade do extremo sul baiano;
o segundo corresponde ao crime de homicídio por motivo fútil, expedido em 18 de setembro de 2023 pela 1ª Vara Criminal, Júri e Execuções Penais de Porto Seguro.
O BNMP mostra que o homem foi condenado a seis anos e oito meses de prisão em regime semiaberto, com sentença já transitada em julgado — ou seja, sem possibilidade de recurso. Procurada pelo g1, a assessoria de comunicação do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) confirmou que o réu ainda não havia sido capturado.
Já Felipe Souza Bruno também tinha já era alvo de mandado de prisão, também pelo crime de homicídio por motivo fútil. A ordem de prisão preventiva foi expedida em 22 de junho de 2022 pela Vara de Jurisdição Plena de Belmonte, na mesma região.
De acordo com o TJ-BA, esse mandado chegou a ser cumprido, por isso o processo aparece como “arquivado definitivamente”. O Banco Nacional de Medidas Penais e Prisões, no entanto, aponta que o réu não foi recapturado.
Fonte: G1