Folha da Bahia

Justiça mantém prisão de PMs acusados de integrar grupo de extermínio

O procedimento do MPES aponta que os investigados teriam assassinado Felipe com 15 tiros

A 1ª Vara Criminal de Vitória, por meio da juíza substituta Lívia Regina Savergnini Bissoli Lage, manteve, nesta segunda-feira (17), a prisão preventiva dos policiais acusados de integrar grupo de extermínio no Espírito Santo.

Os suspeitos foram denunciados pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) pelo assassinato de Felypy Antônio Alves Chaves, de 18 anos, morto no dia 21 de fevereiro deste ano, no bairro Itararé.

Nas palavras da magistrada:

Não vislumbro a possibilidade de fixação de medidas cautelares diversas da prisão, diante da gravidade em concreto dos fatos narrados nos autos, motivo pelo qual necessária a manutenção da segregação cautelar dos acusados para assegurar a lisura dos testigos da primeira fase do procedimento do júri e para garantia da ordem pública. Isto posto, mantenho a prisão preventiva já decretada nestes autos”.

Segundo o Ministério Público, na denúncia apresentada à Justiça, os policiais militares investigados são Ronniery Vieira Peruggia, José Moreno Valle da Silva, Josemar Fonseca Lima e Welquerson Cunha de Moraes. Já os outros suspeitos são Walace Luiz dos Santos Souza e Glaydson Alvarenga Soares.

A denúncia do MPES aponta que os investigados teriam assassinado Felypy com 15 tiros.

Os anexos do documento mostram que, no dia da morte de Felypy, câmeras de segurança da Prefeitura de Vitória flagraram quatro pessoas em um carro, modelo Honda Civic, e outras duas em uma moto. O garupa da motocicleta usava um colete à prova de balas da Polícia Militar.

Segundo a denúncia, a placa do carro usado no dia do crime era fria. O dono do veículo foi procurado pelos investigadores e informou que vendeu o automóvel, em setembro de 2020, para o policial Ronniery.

Com base nas investigações, o Gaeco chegou à conclusão que o piloto da moto bloqueou a rua no dia do crime. Ele estaria acompanhado de Glaydson, apontado pelo Gaeco como o possível carona no momento do homicídio de Felipe.

Ainda segundo o MPES, Glaydson também é responsável pelo perfil nas redes sociais do suposto grupo de extermínio. Após análises das provas, o Gaeco chegou à conclusão de que os cinco homens são os executores do assassinato de Felypy.

Outro lado

A reportagem busca contato com os advogados dos envolvidos. A publicação será atualizada quando houver retorno.

À época dos fatos, a equipe de reportagem da TV Vitória/Record TV havia conversado com a defesa de Glaydson. O advogado Wellington Martins não concordava com a prisão do cliente. Ele disse que, no dia da morte de Felypy, o homem estava em casa. O advogado também negava a participação do cliente em um suposto grupo de extermínio.

Polícia Militar

A Polícia Militar do Espírito Santo diz que o fato está sob sigilo judicial decretado e que não há detalhes que possam ser divulgados.

*Com informações do Folha Vitória

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