Policiais civis da Delegacia de Polícia (DP) de Rio Bananal e do Setor de Inteligência da Delegacia Regional de Linhares cumpriram um mandado de busca e apreensão na sede da empresa Vidhacred Consórcios, localizada no bairro Conceição, também em Linhares, na tarde dessa segunda-feira (07). A diligência foi um desdobramento da operação realizada em Rio Bananal em julho, que resultou na prisão de cinco pessoas em flagrante.
Além das buscas no imóvel, que a sede da empresa, os policiais tinham o objetivo de prender o proprietário, identificado como Filipe Pereira, de 26 anos. Ele tem um mandado de prisão preventiva em aberto e se encontra foragido.
“Depois da operação realizada em Rio Bananal, o empresário abandonou o imóvel onde funcionava a empresa e a casa de luxo onde morava, no Bairro Conceição, e fugiu da região. Quem tiver informações sobre o paradeiro dele pode contribuir com informações anônimas, por meio do Disque-Denúncia 181”, orientou o titular da DP de Rio Bananal, Fabrício Lucindo.
Investigações
As investigações da Polícia Civil apontam que a empresa fazia anúncios nas redes sociais, oferecendo casas, fazendas, veículos e outros imóveis, com a informação de que o comprador deveria dar uma entrada e parcelar o restante em suaves prestações, em até 20 anos, às vezes. Quando o interessado procurava a empresa, descobria que se tratava de um consórcio e que o valor de entrada seria usado como lance, para o cliente obter a carta de crédito rapidamente e adquirir o bem desejado.
“Várias pessoas foram enganadas em Linhares e Rio Bananal. Após pagar o valor que eles exigiam antecipadamente, a prometida carta de crédito não vinha nunca e a promessa de que só iriam começar a pagar as prestações quando o bem estivesse em mãos também não se confirmava”, relatou Lucindo.
No dia 21 de julho, uma operação deflagrada em Rio Bananal prendeu cinco funcionários da empresa em flagrante, durante o evento “Mega Feirão da Colheita”, no bairro São Sebastião. No momento da ação, quatro clientes estavam prestes a cair no golpe e desistiram de fechar negócio. Foram ainda coletadas informações com as pessoas atendidas no local, confirmando os indícios de estelionato.
Até agora, a Polícia Civil identificou um prejuízo em torno de R$ 350 mil, mas outras vítimas ainda podem aparecer. A orientação é que as vítimas registrem um Boletim de Ocorrência, para que os casos cheguem ao conhecimento da Delegacia.